Agenesia de Artéria Comunicante Anterior: relato de caso

  • Autor
  • Bruno Augusti de Souza Oliveira
  • Co-autores
  • Camila Martins , Raulcilaine Érica dos Santos , Laura Vassoler Belotti , José Felipe Gomes Tonanni , Jean Donizete da Silveira Taliari
  • Resumo
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    Introdução: Formado por estruturas nobres e altamente especializadas, o Sistema Nervoso Central exige um grande aporte sanguíneo rico em carboidratos e oxigênio. As artérias responsáveis por esse suprimento são as artérias carótidas internas e vertebrais, as quais dão origem a um polígono anastomótico, o círculo arterial do cérebro (de Willis), de onde saem as principais artérias para a vascularização cerebral. A artéria comunicante anterior (ACoA) é uma das artérias componentes desse círculo arterial, ela é responsável por fazer a anastomose das duas artérias cerebrais anteriores (ACAs) adiante do quiasma óptico, atua como principal artéria colateral da circulação anterior do encéfalo em situações compensatórias de estenoses intratracranianas, oclusão arterial ou hipoplasia. Objetivo: Relatar um caso de agenesia de artéria comunicante anterior em cérebro humano formolizado, e inferir sobre possíveis implicações clínicas decorrentes de tal variação anatômica. Método: Durante dissecação habitual de encéfalo humano formolizado, houve a detecção de agenesia de artéria comunicante anterior. Descrição do Caso: Após dissecação e estudo do círculo arterial cerebral, pode-se constatar a ausência da ACoA. Conclusão: Agenesia é a ausência plena ou parcial de um órgão ou tecido. O complexo ACA-AcoA é encontrado em sua forma típica em 66% da população, o restante apresenta diversas variantes atípicas.  A ausência da AcoA é presente em 14% da população. Esses números foram obtidos em sua maioria por estudos cadavéricos, decorrente da AcoA ser o menor vaso do círculo arterial cerebral, sendo de difícil visualização nos estudos de imagem. No presente caso, a agenesia da AcoA associado a oclusão trombótica, gera lesões irreversíveis ao paciente, devido não ter compensação hemodinâmica contralateral a lesão, que supriria por um determinado tempo, até a atuação do neurocirurgião, não ocasionando lesão ao paciente. Variações como a hipoplasia de segmento A1 da ACA, faz com que a irrigação dos dois hemisférios cerebrais seja realizada pela ACA contralateral, fazendo-se necessária a presença da AcoA para a distribuição sanguínea. Nesse caso, a agenesia da AcoA levaria a um mal desenvolvimento encefálico.

     

  • Palavras-chave
  • Círculo arterial do cérebro; Artéria comunicante anterior; Variação anatômica.
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